terça-feira, 19 de novembro de 2013

Prédios estalinistas em Caliningrado





Na antiga Königsberg, hoje Caliningrado, existem numerosos prédios de marcada arquitetura estalinista. As fotos apresentam alguns exemplos destes prédios que pululam na paisagem russa. Por vezes, como na terceira foto, é possível observar um grande contraste entre o cinzentismo dos prédios estalinistas e as cores de outros edifícios restaurados ou refeitos num estilo mais próximo da Königsberg anterior à segunda grande guerra.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O melhor chocolate quente do mundo é na Letónia

Quem quiser saborear o melhor chocolate quente do universo tem que ir à Letónia. É espesso e denso, com um sabor intenso a cacau, como se quer. O resto são imitações. O produto original é este, fotografado em Riga.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Arquitetura estalinista em Caliningrado: o monstro



Em Caliningrado, o enclave russo no Báltico, existe este magnífico exemplo de arquitetura estalinista, apelidado de "o monstro". A sua construção foi iniciada na década de 1960, sobre as ruínas do antigo castelo de Königsberg, arrasado no fim da segunda guerra mundial.

Encontra-se atualmente em perigo de ruir, dada a instabilidade das fundações, nunca tendo a sua construção sido completamente construída. Também conhecido como Дом советов (a casa dos sovietes), foi pintado de azul claro em 2005, aquando de uma visita de Vladimir Putin à região, ocultando a sua cor cinzenta original.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Bairro estalinista em Riga

Em Riga, capital da Letónia, país outrora integrado à força na URSS como república socialista soviética, existem ainda hoje exemplos de arquitetura estalinista, decorrente dos longos anos de comunismo e ocupação.

A foto mostra um bairro de Riga de arquitetura estalinista cinzenta, de linhas precisas, repetitivas e modulares, num dia de primavera.

Arquitetura estalinista em Vílnius



Em Vílnius, na Lituânia, país outrora integrado à força na URSS como república socialista soviética, existem ainda hoje exemplos de arquitetura estalinista, decorrente dos longos anos de comunismo e ocupação. As fotos mostram alguns exemplos dessa herança, em exemplares cinzentos e modulares, num dia de primavera.

Bairro estalinista em Gdynia, na Polónia



Na Polónia e noutros países da antiga cortina de ferro, há bairros parecidos com este de Gdynia. Apresentam traços estalinistas cinzentos, de aspeto pré-fabricado. Em algumas cidades, tentaram pintá-los com cores mais alegres, após a queda do muro. Noutras, foram ficando com as mesmas cores, marcando ainda hoje numerosas paisagens urbanas.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O teutónico castelo de Marienburg, hoje Malbork

O castelo de Malbork
Situado na província da Pomerânia, na Polónia, o castelo de Malbork (em polaco), antigamente conhecido como castelo de Marienburg (em alemão), foi construído pelos cavaleiros teutónicos no fim do século XIII. Gigantesco e património da humanidade, funcionou como capital e quartel general da ordem durante cerca de dois séculos. É o maior edifício feito com tijolos da Europa. Ladeado pelo rio Nogat, merece múltiplas visitas. O turista pode circular ao ar livre e também por diversas exposições interiores, sobre temas tão variados como o âmbar, muito comum na Polónia e nos seus países costeiros vizinhos, e sobre vitrais.

domingo, 3 de novembro de 2013

Os hotéis estalinistas da Polónia

Na Polónia, existem hotéis com arquitetura estalinista, austeros, cinzentos, de traços repetitivos. Herança pesada do tempo do comunismo, oferecem um serviço simples, sem luxos, com pequeno-almoço em salas que se podem assemelhar a cantinas de escolas. São baratos e eficazes, na sua frugalidade. Este é um deles. É o hotel Krakowiak, em Cracóvia, no sul do país, num dia outonal de finais de setembro. Merecem uma visita, nem que seja para se descobrir uma classe totalmente distinta de hotel: o hotel estalinista.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Na cervejaria Brauhaus Lemke am Schloß Charlottenburg, em Berlim



Em Berlim, existe uma cervejaria chamada Brauhaus Lemke am Schloß Charlottenburg. Como o nome indica, situa-se junto ao bonito palácio conhecido como Schloß Charlottenburg. O visitante pode experimentar várias cervejas artesanais num só pedido, numa modalidade em que aparecem à volta de meia dúzia de variedades em copos pequenos, pousados numa tábua de madeira com buracos.

Num grupo de comensais de várias nacionalidades, incluindo romenos, finlandeses, israelitas, holandeses e alemães, o comensal português foi desafiado a comer um joelho de porco inteiro, tendo-lhe sido dito que era praticamente impossível alcançar tal feito. Não sobrou nada. Estava muito bom.

domingo, 26 de maio de 2013

As fichas e as tomadas de eletricidade na Irlanda do Norte

Candeeiro no chão de uma pensão em Derry/Londonderry
Como a Irlanda do Norte faz parte do Reino Unido de Grã Bretanha e Irlanda do Norte, as fichas e as tomadas de lá são idênticas às da Inglaterra e diferentes das portuguesas. As fichas são como a fotografia ilustra, com 3 pontas retangulares. Muitas das vezes, as tomadas apresentam também um interruptor de segurança, aqui visível.

A imagem mostra um corredor de uma pensão de Derry/Londonderry, na chamada Spencer Road, numa zona protestante da conturbada cidade. Estranhamente, em vez de haver luz no teto, havia luz no chão. E cheiro a fritos.

sábado, 11 de maio de 2013

O museu Munch em Oslo

O beijo
O viajante tem muitos museus por onde escolher em Oslo. Se gostar de arte expressionista, o museu Munch é uma visita obrigatória. Existe uma estação de metro mais ou menos perto. Para quem dela sai, é só caminhar um pouco até à entrada do museu. Quem entra, passa pela loja de recordações. Mas, normalmente, é melhor deixá-la para o fim. A obra de Munch é tão vasta que não cabe permanentemente na área de exposições. Isto significa que as exposições vão variando ao longo do tempo, à media que os responsáveis do museu vão achando que esta ou aquela pintura do acervo se adequa melhor a uma determinada altura. Há várias descobertas a fazer pelos apreciadores ao andarem pelas salas da exposição. Duas delas são que os famosos quadros do beijo e do grito não são únicos. Na realidade, Munch (que se lê "munc", em norueguês) pintou várias versões de cada um deles. E é bem possível que estejam várias dessas versões patentes em simultâneo. De qualquer das formas, são inúmeras as obras imperdíveis do artista, com particular destaque para "a jovem na praia", em que uma jovem de longos cabelos loiros é retratada de costas,em pé, sobre a areia de uma praia. Saindo pela loja de recordações, o visitante mais audaz é tentado a adquirir um livro de pintura da Taschen sobre Edvard Munch em norueguês. E cartazes com reproduções do grito. Qualquer que seja a sua escolha, o museu é altamente recomendado.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Os coqueiros e os cocos de Goa


Há muitos coqueiros em Goa. E, onde há coqueiros, normalmente, há também cocos. E, em Goa, há também muitos cocos. Estes apresentam 3 fases de maturação. 

Na primeira, encontram-se na árvore, altivos, nas alturas, inalcançáveis para o comum dos turistas e possivelmente também para o comum dos habitantes locais. Para exemplificar esta fase, é oferecida ao leitor uma foto da praia de Palolém, situada no sul de Goa, na qual os coqueiros se inclinam de forma plástica e harmoniosa para o areal, como que querendo aproximar-se dos visitantes.

Na segunda fase, os cocos caem no chão. Isto pode acontecer num areal, como o de Candolim, tal como ilustrado na foto exemplificativa. Mas, pode também acontecer em ruas mais distantes das praias ou no meio do campo. Como se sugeriu anteriormente, os coqueiros estão por todo o lado. Esta fase inclui a possibilidade de se adquirirem os cocos inteiros, para se beber a sua água, de coco, naturalmente. Os hábeis vendedores de água de coco agarram numa catana e com 3 ou 4 golpes precisos destapam o precioso líquido, destinado a ser sorvido com uma palhinha.

Na terceira e última fase, o coco é transformado em xacuti, um famoso prato goês. Este pode ser preparado com frango, cabrito, peixe, vaca, camarão ou qualquer outra carne que a imaginação goesa traga para a mesa. O exemplo acima retrata um portentoso xacuti de peixe, consumido no restaurante "Viva Goa", em Candolim. Como mandam as regras, tinha muito coco e estava incrivelmente picante. Muito bom. Toda gente deve experimentar um xacuti, se se deparar com essa oportunidade. Viva Goa.

terça-feira, 16 de abril de 2013

No coração de Margão




Margão é uma cidade. É uma cidade de Goa, a segunda maior cidade do território, logo a seguir a Vasco da Gama e à frente de Pangim (Nova Goa), a capital. É também o nome de uma ancestral marca de especiarias, vendidas em Portugal, cujo nome não foi escolhido ao acaso, mas naturalmente para homenagear a cidade goesa, onde no novo mercado, e não só, se vendem especiarias ao peso, assim como malaguetas fritas, chamuças e incensos. Ao lado deste novo mercado, que fica ainda algo distante do antigo, existe o formoso edifício da câmara municipal, de frondosas arcadas e ditosas sombras. O jardim municipal, pejado de estátuas homenageando goeses insignes, separa-o dos portentosos correios, formando uma grande praça central.

Situa-se na região de Salcete e tem, não muito longe de si, a oeste, a bonita praia de Benaulim. Nesta praia, há pescadores, seus barcos de azuis fortes, suas pescarias enredadas à espera de serem desemaranhadas e vindalho de boa cepa. Mas isso é, digamos que, outra história. Não nos desviemos e voltemos a Margão. 

Margão é quente. E aqui o quente refere-se à temperatura do ar, às cores das casas e ao fervilhante trânsito. Muitas das casas, quer no centro, quer nas suas proximidades, ostentam uma marcada arquitetura portuguesa, que se manifesta nos traços das janelas e nos telhados, para além de outros elementos. As cores utilizadas, viajando pelos vermelhos, verdes e amarelos intensos, tornam-na indo-portuguesa, saborosa e miscigenada, como os pratos goeses. Conduzir pelas ruas dos antigos bairros de Margão é mergulhar numa aventura cromática viva e muito plástica, em que as fachadas indo-portuguesas variadas se vão sucedendo, com laivos de branco por entre as demais tintas, ao mesmo tempo que é necessário ultrapassar desconcertantemente motas e outros obstáculos, em perigo latente constante, antes de aparecer um cruzamento que obriga o condutor português, pouco habituado a carros indianos, a hesitar quanto a qual dos manípulos escolher, o direito ou o esquerdo, para ligar o indicador de mudança de direção, vulgarmente designado como pisca, bastante menos útil na Índia que em outros lugares. A opção correta seria o direito, precisamente ao contrário dos carros portugueses, só para facilitar. Virando à esquerda e circulando pela esquerda, aparece uma antiga casa do governo, pujante, amarela, transformada hoje noutra coisa qualquer, acompanhada por um casarão verde, do outro lado da estrada. Mais adiante, uma rotunda. É necessário buzinar, antes de entrar, várias vezes, vigorosamente, para mostrar com clareza a intenção de ganhar prioridade e de prosseguir caminho. Milagrosamente, o universo converge e os restantes utentes da via adaptam-se, parando ou contornando o veículo em marcha, sem nunca o macular com qualquer colisão, em Margão.

domingo, 14 de abril de 2013

Os corvos de Goa


Quando alguém que nunca tenha visitado Goa pensa em criaturas que lá vai poder encontrar, pensa normalmente em vacas e elefantes. Não pensa propriamente em corvos. Mas, como tantas vezes acontece quando se imagina um acontecimento futuro, mais precisamente quando se imagina como vai ser um sítio nunca dantes visitado, a realidade traz sempre consigo memoráveis surpresas. Goa está cheia de corvos. Não são exatamente iguais aos de Portugal. Têm uma penugem cinzenta, que se estende do pescoço até ao dorso, e gostam muito de estar na praia. Alguns deles estão tão habituados à presença humana que não têm medo de pousar perto das mesas dos bares e restaurantes, como se estivessem a solicitar comida. Quem já os conhece, atende a esse pedido e lança-lhes pedaços de matéria comestível. Comem alguns no próprio local e outros levam-nos para longe, talvez para algum esconderijo onde os consumirão mais tarde. Fazem voos curtos, entre postes ou árvores adjacentes, quando alguém abusa e perfura a sua bolha social, para os fotografar, por exemplo. Mas o maior testemunho da sua presença constante é mesmo o seu canto, o seu crocitar. Estão sempre a crocitar, por alguma razão válida certamente. 

E foi a ouvi-los crocitar que o cronista destas linhas acordou todos os dias que passou em Goa.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

No restaurante Ouplav,em Děčín



No restaurante Ouplav,em Děčín, na República Checa, há muita simpatia. Quando o turista entra, fugindo do frio de dezembro, é recebido com um sorriso e com alguma hesitação quanto à língua a usar. Tenta-se o inglês, mas não funciona. O alemão, também não. Até que o dono sugere inesperadamente o francês. Lá teve que ser e foi nessa língua que se desenrolou o resto da história.

Indicando uma mesa livre, o dono rapidamente trouxe uma ementa, perguntando se o turista conseguia ler em checo. Como tal ainda não era possível, perguntou que tipo de comida preferia. Carne. Quer a língua do porco? Bem, a língua do porco, se calhar não. Não tem outras coisas? Temos bife vienense de porco, se quiser. Pode ser, venha de lá isso. E para beber? Uma cerveja checa.

E lá veio um bom bife panado com salada de batata, antecedido por uma boa cerveja checa, de nome não muito checo: Bernard, como se vê na foto.

No fim, indagou-se se havia sobremesas, ao que o dono respondeu que havia apenas uma: crepes checos. E assim foi. Não muito tempo depois, assomou um prato gigante com crepes parecidos com os blínis russos cobertos de chantili e compota. Ninguém sai com fome do restaurante Ouplav. E não é nada caro.

Finda a refeição, restando ainda cerveja, o dono ofereceu-se para dar a senha do wifi. Espetáculo.